A Indústria 4.0 e os Armazéns 4.0 de mãos dadas

Os conceitos indústria 4.0, Logística 4.0 e armazém 4.0 fazem parte do nosso dia-a-dia de uma forma natural. Nas palavras de Tiago Sacchetti, Diretor da Bosch Industry Consulting em Portugal e Espanha “a Indústria 4.0 está a transformar a maneira como vemos e gerimos os nossos negócios, permitindo termos as informações na palma da nossa mão a qualquer hora do dia, para conseguirmos antecipar os problemas, aumentarmos a capacidade produtiva e o lucro das empresas, garantindo no final do dia a entrega de produtos com elevada qualidade.” (Fonte: https://www.dinheirovivo.pt/opiniao/quanto-lean-antes-de-industria-4-0 )

A convite da revista Logística Profesional a VRC WAREHOUSE TECHNOLOGIES participou na edição Automatização: A tendência da mercadoria ao robô, realçando a importância dos armazéns automáticos nesta era 4.0.

Deixamos a entrevista na íntegra:

Como está a evoluir o sector de automatização dos armazéns, especialmente o armazém 4.0? Na sua opinião a procura da automatização esta a crescer?

Cada vez mais as empresas percebem que este tipo de soluções são altamente rentáveis sendo a intervenção humana inexistente ou muito reduzida com altos índices de produtividade fazendo com que a procura aumente e a necessidade de informação dos mesmos também.

Quais as tendências e soluções intralogisticas na automatização de armazéns convencionais e armazéns robotizados? Tem aumentado a presença de robôs?

As tendências apontam para o full automatic com os vários sistemas integrados e em harmonia pura, como por exemplo o armazenamento integrado com a alimentação automática das linhas de produção, as linhas de paletização e despaletização automática integradas com os transelevadores, vários tipos de estação de picking consoante a dinâmica e volumetria dos produtos. Em relação aos robos muitas vezes o mercado ainda se confunde um pouco com o conceito, pois tanto transelevadores, mini-loads, paletizadores automáticos, robos industriais e outros sistemas de automação são chamados de robos, e isto é uma parte muito importante da nossa estrutura comercial, elucidar os clientes do que é especificamente cada solução, qual a sua função e em que se poderia adequar na operação do nosso cliente

Que soluções recomenda para aquelas empresas que não tem ou que não necessitam de um armazém totalmente automatizado?

A VRC após um estudo detalhado propõe sempre que o nível de automatização seja proporcional á necessidade do cliente focando-se sempre nas operações mais críticas e com maior perda de produtividade mas que esteja preparada para um futuro crescimento sem a necessidade de intervenção e paragem da solução já instalada. Assim instalamos soluções modulares que mais tarde se podem ampliar e ao mesmo tempo que tenham a maior flexibilidade possível para num futuro poderem absorver outras necessidades, como por exemplo trabalhar com caixas de plástico e cartão com várias dimensões em simultâneo

Que fatores destacaria a ter em conta na hora de automatizar um armazém?

Cada empresa tem os seus pontos críticos, falta de espaço, excesso de mão de obra, vários bottleneck na sua operação, crescimento futuro e muitas vezes a harmonização com as suas operações e com as exigências dos seus clientes internos e externos. Pelo que analisamos sempre a operação de cada cliente de uma forma exaustiva, estudando ponto a ponto, para que a solução apresentada seja a mais eficaz, pelo que cada projeto nosso é algo customizado a cada operação, pelo que muitas vezes no mesmo cliente temos várias soluções integradas como uma só.

Que sistemas de gestão de armazéns utiliza a VRC e quais são as suas vantagens comparativamente à concorrência? Que operações fundamentais realizam esses softwares?

A VRC trabalha com o que podemos chamar de 3 segmentos: os Armazéns Automáticos; Transelevadores – Mini-Loads e Conveyors; e claro com os vários tipos de software para a gestão destas soluções.
Os nossos sistemas distinguem-se dos demais pelas suas performances, proporcionando picking de alta velocidade, em que em muitos casos com um número inferior de máquinas conseguimos a mesma performance do que os nossos concorrentes, fato que de imediato se reflete no valor final.
A flexibilidade dos nossos sistemas permitindo trabalhar com caixas de plástico e cartão com várias dimensões em simultâneo. Mas acima de tudo a flexibilidade e experiência da nossa equipa que com facilidade se adapta aos requisitos e necessidades dos nossos clientes fazendo com que os nossos projetos sejam customizados a cada um.

Como interage o software VRC com os armazéns existentes? É possível faze-lo?

O Software é feito por várias camadas que vai desde um MFC Material Flow Control a um WMS Warehouse Management System e em cada cliente as necessidades são diferentes, muitas vezes também é necessário a instalação de um middleware para a comunicação do software já existente com as soluções por nós instaladas, tentando sempre que o nível de intervenção ou desenvolvimento no software do nosso cliente seja nulo ou mínimo.

Recentemente, quais forma as vossas principais novidades e onde foram instaladas?
A última novidade foi o desenvolvimento de um classificador automático instalado á saída de um armazém automático em que este classificador permite com uma performance incrível agrupar os produtos por rota e por sequenciação eliminando assim as perdas de eficiência que muitas vezes se encontram no fim do circuito de preparação de pedidos e reduzindo a praia de expedição para um quarto do seu tamanho. Este sistema está a ser instalado em operadores logísticos e companhias de distribuição farmacêutica.